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Elegância Rococó 1730 - 1789
Os estilos de vestidos elegantes persistiram durante o Rococó do século XVIII. O “grand habit” e o Robe à la française eram usados para eventos formais, enquanto o “sack-back gown” e o "mântua" eram para o dia a dia. -
1754-1793: Reinado de Louis XVI e Marie Antoinette
O reinado de Louis XVI e o luxo da corte de Marie Antoinette marcaram a moda aristocrática do século XVIII, refletindo a rígida hierarquia social do Antigo Regime. Durante este período, as leis sumptuárias restringiam o uso de tecidos e estilos luxuosos às classes mais altas, proibindo as classes populares de adotarem vestimentas da nobreza. -
1770: Invenção da revista de moda
As primeiras revistas de moda apareceram nas décadas de 1770 e 1780. Como a Lady's Magazine, um almanaque de novidades que apresentava ilustrações de moda a partir de 1770 e a “Journal dex Luxus und der Moden”, que surgiu na década seguinte.
Até então as novidades sobre moda eram apresentadas em revistas como a “The Ladies Mercury”, no século XVII. O que ficou popular nas revistas de moda eram as fashion plates, ilustrações que demonstravam os estilos, detalhes e materiais que estavam em voga. -
1780s: Robe à l'Anglaise
“Robe à l´Anglaise“, reflete a tendência do final do séc.XVIII pela anglomania e o interesse predominante da elite no mundo natural idealizado. Nunca formal o suficiente para ser um vestido oficial de corte, era usado nos salões aristocráticos e na vida diária da classe alta. Esta peça única com fecho frontal usada a partir de 1770 mudou completamente a silhueta feminina. -
1789-1799: Revolução Francesa
Com o início da Revolução Francesa, a moda transformou-se em um meio de expressão política, refletindo as mudanças sociais e ideológicas que estavam em curso. A classe popular passou a adotar roupas mais simples e práticas, em contraste com os excessos luxuosos da nobreza. -
1789: Aparecimento das primeiras indústrias têxteis
A tecelagem manual, uma das primeiras formas de produção têxtil, remonta a mais de 5.000 anos atrás. A Revolução Industrial, que começou na Inglaterra no final do século XVIII, marcou um avanço na produção têxtil. A proposta de implementar uma linha de produção, foi a principal mudança ocorrida durante esse período revolucionário. -
1791: Fim das leis sumptuárias na França
Com a abolição das leis sumptuárias durante a Revolução Francesa, que regulavam a indumentária de acordo com a classe social, abriu-se um novo capítulo na história da moda. Essas leis, que restringiam o uso de certos tecidos e estilos para as classes populares, foram extintas, permitindo maior liberdade na escolha das vestimentas. -
1793: Execução de Marie Antoinette
A execução de Marie Antoinette fim da opulência da monarquia francesa. Com a queda da aristocracia, a moda passou a refletir os ideais da Revolução Francesa, como simplicidade e igualdade. A moda do império, com cortes mais soltos e tecidos mais simples, substituiu o extravagante estilo rococó de Maria Antonieta. -
1795-1799: Período do Diretório
A Revolução Francesa trouxe uma mudança radical na sociedade e na moda, com o abandono da formalidade do período Rococó. A estética neoclássica, inspirada na Grécia antiga, tornou-se predominante. A moda feminina passou a adotar vestidos mais casuais e fluidos, como o "robes à la grecque", com tecidos leves e cortes inspirados nas vestimentas gregas e romanas. -
1804-1814: Império de Napoleão Bonaparte
Com a ascensão de Napoleão Bonaparte ao trono, a moda masculina passou por uma mudança significativa, adotando um estilo mais formal e disciplinado. Sob a influência de Napoleão, a moda refletiu o novo caráter autoritário e militar do império, que valorizava a ordem e a disciplina em vez da ostentação. -
1820-1840: O Estilo Romântico
A moda feminina do século XIX destacou-se por uma silhueta em ampulheta, moldada por crinolinas e corpetes. As crinolinas criavam saias volumosas, enquanto os corpetes apertavam a cintura, criando um contraste com os ombros e quadris. Esse estilo estava ligado ao romantismo, que valorizava luxo e opulência, refletidos em tecidos nobres e adornos elaborados, como rendas e bordados. -
1846: Invenção da máquina de costura
A invenção da máquina de costura, atribuída a Elias Howe e aperfeiçoada por Isaac Singer no século XIX, revolucionou a indústria têxtil ao tornar a produção de roupas mais rápida, eficiente e acessível, especialmente para as classes médias.
A máquina de costura acelerou a produção e permitiu a criação de tecidos mais elaborados e o desenvolvimento de novos estilos, contribuindo para a popularização da moda rápida e o crescimento da indústria da confeção ao redor do mundo. -
1851: Saia bifurcada
Invariavelmente comparada ao desejo das mulheres, de emancipação social e política, o uso da saia bifurcada começou com os esforços de Amelia Jenks Bloomer em 1851. Usada pelas mulheres modernas envolvidas em atividades desportivas, como o ciclismo.
A bicicleta, no final do século XIX, simbolizou a conquista de autonomia para as mulheres, que inicialmente, dependiam da ajuda dos homens para se locomover, mas com a popularização da bicicleta, começaram a mover-se conforme a sua própria vontade -
1852-1870: A importância do Segundo Império
O Segundo Império, período que corresponde ao governo de Napoleão III na França, foi um marco crucial na evolução da moda, tanto em termos de estética quanto na estruturação da indústria da moda moderna. Durante este período, Paris consolidou-se como o centro mundial da moda, atraindo aristocratas, celebridades e clientes de todo o mundo -
1856: Crinolinas
A moda feminina do Segundo Império foi marcada por silhuetas dramáticas e exageradas, com o uso de crinolinas e, posteriormente, anquinhas, que ampliaram a parte inferior do corpo, criando a forma de ampulheta.
Antes da crinolina, as mulheres usavam várias saias engomadas para obter volume, o que tornava o traje desconfortável e difícil de usar no verão. A invenção da crinolina, por volta de 1840, aliviou o peso e o calor, sendo rapidamente adotada por mulheres de todas as classes sociais. -
1858: Surgimento do Haute Couture (“House of Worth”)
Worth foi chefe da 1ª maison de couture e a principal força pela transformação de uma arte nacional numa indústria internacional. Na Exposição Universal de 1855, Worth caiu nas graças da aristocracia, quando um de seus vestidos foi premiado. Junto do empresário Otto Bobergh, o estilista inaugurou, em 1858, a Maison d’ Haute Couture “Worth Bobergh”. Worth revolucionou a indústria ao criar roupas exclusivas sob medida para a elite feitas à mão e de alto nível de habilidade e materiais refinados. -
1860: Emergência da sociedade de consumo
A emergência da sociedade de consumo foi impulsionada pela Revolução Industrial no século XIX, que aumentou a produção em massa e tornou os bens mais acessíveis. Com o crescimento da classe média, o marketing e a publicidade passaram a desempenhar um papel crucial, criando desejos impulsivos e promovendo o consumo de produtos em larga escala. -
1860: Primeiros desfile de moda
Worth, também foi pioneiro ao estabelecer desfiles de moda, mostrando as suas coleções de forma sistemática. Estes consistiam em apresentar constantemente modelos inéditos, preparados com antecedência, mostrados em desfiles a clientes da aristocracia e confecionados após a exibição com as medidas exatas.
Estes desfiles eram realizados na própria Maison Worth para uma plateia muito pequena. As modelos eram designadas de “sósias” por terem um tipo físico semelhante ao das clientes. -
1865 - Smoking
Edward VII, que foi Príncipe de Gales por 59 anos, teve grande influência na moda masculina e ajudou a popularizar a alfaiataria de Savile Row.
“Savile Row”, era uma rua londrina fundada no século XVIII, conhecida pela sua precisão na criação de trajes sob medida. No final do século XIX, o “smoking” foi criado por Edward VII e o seu alfaiate Henry Poole, inicialmente como um terno mais confortável para jantares informais. -
1868 - Chambre Syndicale de la Haute Couture Parisienne
Em 1868, para impedir que os seus modelos fossem plagiados, Worth fundou um órgão chamado La Chambre Syndicale de la Confection et de la Couture pour Dames et Fillettes. Estabelecendo a diferença entre a couture e a confection. Em 1910, evoluiu para, Chambre Syndicale de la Haute Couture Parisiense, que tratava da produção de alta-costura, implementando regras específicas para adesão. -
1870-1914: Belle Époque
A moda da Belle Époque imitava a arte, e isso refletiu-se na transformação da silhueta feminina, que passou a ser alongada e ajustada de forma sinuosa ao corpo.
Os vestidos diurnos apresentavam decotes elevados, que chegavam até o queixo, alongando ainda mais a figura, enquanto as cinturas eram naturais e ficavam planas sobre os quadris, conferindo à mulher da Belle Époque um visual refinado e elegante, que refletia a sociedade da época, voltada para o luxo e a sofisticação. -
1889: Fim da moda das Bustles
O “bustle” foi uma moda vitoriana que ampliava a parte traseira das saias, criando uma silhueta com destaque para os quadris e traseiro. No final do século XIX, começou a cair em desuso devido a mudanças no estilo de vida, com as mulheres em busca de roupas mais práticas e confortáveis.
Esta moda, desapareceu definitivamente após a Primeira Guerra Mundial. -
1890: Camisa
A simplificação do vestuário feminino no final do século XIX, resultou na popularidade da combinação camisa e saia, que estava amplamente disponível como pronto-a-vestir em 1890. "Cintura” era o termo utilizado para designar o corpete de um vestido ou blusa em formato de camisa de homem, com gola virada e botões no centro da frente. -
1900: Gibson Girl
A “Gibson Girl” foi um símbolo de emancipação feminina e o ideal de beleza americana entre 1890 e 1910, criado pelo ilustrador Charles Dana Gibson. Representava a mulher ativa e independente.
A Gibson Girl representava um ideal de feminilidade progressista, conectando as vestimentas restritivas do século XIX com a moda mais ativa do século XX. Embora o seu auge tenha terminado com a Primeira Guerra Mundial, deixou um legado duradouro na moda americana. -
1910-1930: Coco Chanel e a Revolução da Moda
Coco Chanel, nasceu a 19 de agosto de 1883, e entre as décadas de 1910 e 1930, revolucionou a moda feminina ao abalar as convenções sociais e lançar uma nova abordagem de estilo, mais livre e confortável para as mulheres.
O seu trabalho foi essencial para a libertação da mulher, no vestuário e na atitude. Enfatizou a ideia de que a moda deveria ser uma expressão pessoal e não uma imposição social. -
1914-1918: 1ªGuerra Mundial
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a moda feminina tornou-se mais prática e simples, refletindo as mudanças que ocorreram no papel das mulheres.
Nestas circunstâncias, as mulheres começaram a tomar na sociedade lugares que eram tradicionalmente ocupados pelos homens. Obrigadas a trabalhar, as mulheres exigiram roupas que se adaptassem a atividades inteiramente novas. Surgiu assim, uma nova maneira de se vestir e de se comportar. -
1920: Loucos Anos 20 - Art Déco surge na Europa
Nos anos 1920, a moda refletiu a liberdade e o espírito de uma nova era. A moda tornou-se mais curta e simples, destacando-se o estilo "flapper" com vestidos mais curtos e a popularização da moda garçonne, inspirada no vestuário masculino, que simbolizava a liberdade das mulheres. -
1921: Chanel Nº5
O Chanel Nº 5, lançado em 1921, foi criado por Coco Chanel em colaboração com o perfumista russo Ernest Beaux e foi uma das primeiras fragrâncias associadas a uma marca de moda.
Chanel No.5 contou com a introdução do Aldeído, que, entre outras utilidades serve também como fixador de perfumes, algo inédito até então. Na sua composição havia uma alta concentração do Absoluto da Rosa de Maio, uma flor. O nome "Nº 5" foi escolhido por Chanel devido ao seu número da sorte. -
1926: Coco Chanel lança o "little black dress" (LBD)
Coco Chanel, é reconhecida como a criadora do clássico “little black dress”, uma peça que revolucionou a moda ao democratizar a elegância. O corte severo e refinado do vestido estilo chemise da década de 1920 prestava-se aos dramáticos padrões geométricos de uma época que se apaixonava pela Art Déco.
Chanel transformou o uso do preto, associado ao luto, na escolha ideal para a nova “cocktail hour”, celebrada pelas mulheres de espírito livre da época. -
1929: Crash da Bolsa de 24 de outubro
A quebra do mercado de ações de 24 de outubro de 1929, também conhecida como "Quinta-feira Negra", levou a uma queda drástica nos preços das ações e foi uma das principais causas da Grande Depressão.
Após o outono, a moda refletiu as mudanças económicas e sociais, com o vestuário a tornar-se mais sóbrio e prático, adaptando-se à realidade de um período difícil. Dando lugar a um estilo mais funcional e à necessidade de adaptação ao novo contexto económico -
1930: A moda de Hollywood e o glamour do cinema
As imagens de Hollywood de desejos e atratividade sexual influenciaram frequentemente a moda feminina, durante a década de 1930, quando os Estados Unidos, atingidos pela Depressão, procuraram o escapismo no cinema.
Anteriormente, Paris tinha ditado a moda de vanguarda, mas Hollywood desempenha o seu papel, levando a alta-costura francesa às massas e influenciando o gosto das mesmas. Hollywood estabelece, tendências que duradouras, tornando a moda um reflexo do cinema e do desejo de glamour. -
1939-1945: 2ª Guerra Mundial e o seu impacto na moda
Durante a Segunda Guerra Mundial, a moda feminina adaptou-se às necessidades e restrições impostas pelo conflito. Com a falta de têxteis e materiais, o vestuário torna-se prático e simplificado.
As peças, com uma estética mais sóbria e funcional, inspirada nos uniformes militares e marcada por cortes retos, alças e tecidos resistentes. E as calças, antes raras para as mulheres, tornaram-se mais populares e foram adotadas para facilitar o trabalho, e o movimento. -
1943: Criação da semana da moda
A Semana de Moda surgiu em 1943, criada pela editora Eleanor Lambert em Nova York inicialmente chamada de "Press week"
Foi motivada pela segunda guerra e a impossibilidade de viajar à Europa para ver as coleções, resultando na exaltação de estilistas americanos, quando as atenções estavam voltadas para Paris. -
1947: "New Look" de Christian Dior
A 12 de fevereiro de 1947, Christian Dior lançou em Paris o “New Look”, coleção que revolucionou a moda feminina do pós-guerra com a sua estética de extrema feminilidade e sofisticação.
O impacto do “New Look” foi imediato e intenso, enquanto muitas mulheres o acolheram como uma libertação visual e emocional, outras criticaram o estilo pela quantidade de tecido necessária e pela alegada tentativa de “amarrar” as mulheres às formas curvilíneas. -
1950: Prêt à porter
O termo "Prêt-à-porter" (Ready to Wear) refere-se a roupas produzidas em série e vendidas prontas para vestir, em oposição à alta-costura que é feita sob medida.
Este conceito revolucionou a indústria da moda, pois criou uma ponte entre a moda de luxo e o mercado de massas, permitindo que as coleções fossem produzidas em maior escala, mas com um nível de sofisticação mais alto que as roupas comuns. -
1960: A moda jovem e a minissaia de Mary Quant
Mary Quant foi pioneira na popularização da minissaia, que se tornou símbolo da juventude e da emancipação feminina. Reflete um novo estado de espírito em relação à moda, combinando praticidade e ousadia. Quant acreditava que as jovens deveriam ter roupas que representassem o seu espírito livre e ativo.
Nesta década, a moda jovem assumiu o centro das atenções e afastou-se dos estilos tradicionais, refletindo uma época de transformação social e cultural. -
1966: Yves Saint Laurent lança o "Le Smoking"
Em 1966, Yves Saint Laurent, lançou o primeiro smoking desenhado exclusivamente para mulheres. Esta roupa masculina sob medida foi uma declaração ousada de empoderamento feminino, apresentando elementos da moda masculina, assim como toques femininos. -
1966: Paco Rabanne “Robe en Metal”
O "Robe en Metal" de Paco Rabanne, apresentado na coleção de outono/inverno de 1966, foi uma peça revolucionária feita com pequenas placas de metal conectadas por argolas, desafiando as convenções da moda da época.
O vestido é um exemplo da fusão entre arte, arquitetura e moda, e até hoje é lembrado como um marco na história da moda contemporânea. -
1970: Cultura hippie e surgimento do estilo boho
A moda da década de 1970 foi fortemente influenciada pela cultura hippie, uma subcultura juvenil. O “flower power”, um símbolo desta cultura, simboliza a força da natureza contra o poder da autoridade.
O estilo “boho” surgiu como uma vertente deste movimento, misturando elementos hippie com toques sofisticados. -
1970: Surgimento da Anti-Moda
No início da década de 1970, instalou-se um clima de anti-glamour na indústria da moda. Esse fenômeno estava ligado aos movimentos de contracultura, incluindo o hippie e o punk, que adotaram uma estética não convencional para expressar rebeldia e identidade individual.
Utilizavam a roupa como forma de protesto contra os padrões estéticos e a sociedade de consumo, enfatizando valores de liberdade e autenticidade, além de contestar o papel da moda como um símbolo de status e poder econômico. -
1974: Impactos da Revolução 25 de Abril na Moda portuguesa
A Revolução de 25 de Abril, restaurou a democracia em Portugal e criou um marco na moda portuguesa. Com o fim do regime conservador, a sociedade experimentou uma libertação a nível da cultura e estética. A moda, até agora sóbria e rígida, passa a abrir espaço para a criatividade e a expressão pessoal.
Designers, como Ana Salazar e Manuela Gonçalves desafiaram as normas e iniciaram o desenvolvimento da moda nacional como expressão artística e identidade cultural. -
1980 - 1994: Ascensão das marcas de luxo e streetwear
O crescimento das marcas de luxo e streetwear é alimentado por colaborações entre marcas tradicionais como a Louis Vuitton e Gucci e marcas populares de streetwear como a Supreme e Off-White.
Esta junção vai atrair um público mais novo, urbano e digital que aprecia a exclusividade do luxo e a expressão luxuosa e cultural que estas roupas lhes dão -
1980: Ombros largos e calças de cintura alta
A moda dos anos 80 foi marcada pela exuberância e pela ideia de “quanto mais, melhor”, por isso, ombros largos, tecidos claros e cores fluorescentes definem essa estética.
Estilistas como, Gianni Versace e Jean-Paul Gaultier ajudaram a criar uma silhueta que refletia o empoderamento feminino. Por vezes, chamado de power dress , inspira-se nas tendências das décadas anteriores e procura representar a ascensão das mulheres a cargos de liderança. -
1983: Karl lagerfeld torna-se diretor criativo da casa chanel
Karl Lagerfeld tornou-se diretor criativo da Chanel em 1983, após a morte de Coco Chanel.
Revitalizou a marca, mantendo a sua essência e introduzindo uma abordagem moderna. Foi responsável por criar desfiles icônicos e expandir a linha de produtos da Chanel, deixando um legado duradouro de elegância e inovação. -
1984: Início da semana da moda em londres
A Semana de Moda de Londres começou oficialmente em 1984, organizada pelo British Fashion Council (BFC). Tornou-se num evento de destaque global, especialmente após o surgimento de designers britânicos inovadores como Vivienne Westwood, John Galliano e Alexander McQueen nos anos 1980.
Hoje, é um dos principais eventos de moda do mundo. -
1990: “Corset Gaultier”
O corset cônico de Jean-Paul Gaultier, criado na década de 1980 e popularizado por Madonna na sua turnê "Blonde Ambition" (1990), revolucionou a moda ao transformar o corpete de um símbolo de opressão em uma afirmação de poder e liberdade.
Gaultier modernizou a peça, rompendo com as convenções de beleza e sexualidade, e tornou-a numa expressão de força feminina, desafiando os padrões tradicionais de corpo e gênero. -
1990:Minimalismo e a Ascensão das Supermodelos
Uma das principais características da década de 90 foi o minimalismo.Esta moda foi influenciada por designers como Calvin Klein e Giorgio Armani, que se focaram na simplicidade, funcionalidade e cortes limpos, contrapondo todo o exagero dos anos 80.
Foi também nos anos 90 que o termo “supermodel” surgiu. Nessa época as melhores modelos eram Cindy Crawford, Naomi Campbell, Linda Evangelista e Kate Moss. -
1995: 1º desfile da Victoria Secret NY
O primeiro desfile da Victoria 's Secret aconteceu em 1995 em Nova York, com o objetivo de promover a marca de lingerie e transformá-la em um ícone global. Foi nesse desfile que surgiram as "Angels”, modelos famosas que se tornaram símbolo da marca. O desfile combinava moda com show business, o que ajudou a popularizar o conceito de "supermodelo". -
1999: Alexander McQuen e a semana da moda
Alexander McQueen foi um designer revolucionário que transformou a moda e os desfiles, tornando-os performances teatrais. Conhecido por abordar temas provocadores como morte e identidade, McQueen redefiniu a Semana de Moda com coleções que misturavam arte, música e moda de forma inovadora.
McQueen não inovou apenas nas roupas, mas também na forma como a moda é apresentada, elevando o desfile, de uma simples exibição para uma experiência imersiva e cultural. -
2000: A globalização e o crescimento da fast fashion
A globalização e o crescimento da fast fashion, com marcas como Zara, HM entre outras, tornaram as roupas mais acessíveis dado que produzem em massa e conseguem ter preços mais baixos.
A produção foi deslocada para países em desenvolvimento pois lá a mão de obra é mais barata, o que acaba por gerar economias para as empresas. Isso, no entanto, trouxe problemas como a exploração de trabalhadores e impactos ambientais negativos, como o desperdício têxtil. -
2004: Feira internacional de moda ética em Paris
Paris, a capital global da moda, criou a Feira Internacional de Moda Ética de Paris com o intuito de promover a sustentabilidade, o comércio justo e a responsabilidade social na moda, servindo como ponto de encontro para marcas, designers e produtores
Durante a feira decorrem diversos desfiles de moda, debates e oficinas sobre materiais sustentáveis, métodos de produção conscientes e a importância do trabalho justo. -
2006: Tom Ford apresenta sua primeira coleção para Gucci
O impacto de Tom Ford na Gucci, particularmente no início dos anos 2000, foi fundamental para redefinir a moda de luxo como ousada mas acessível.Ford introduziu designs que se tornaram sinónimo de sensualidade e luxo moderno.
As suas coleções revitalizaram a imagem da Gucci, misturando linhas elegantes com uma estética vibrante, chamando a atenção para a marca com peças icónicas como fatos de veludo e vestidos de cetim. -
2009: Vestido de noiva de Kate Middleton, de Alexander McQueen
O vestido de noiva de Kate Middleton, desenhado por Sarah Burton para Alexander McQueen, tornou-se um dos vestidos de noiva mais icónicos da história moderna. Com detalhes em renda, o vestido foi confecionado com técnicas tradicionais da Royal School of Needlework.
Combinando a herança britânica e a elegância moderna, simboliza o desejo de Kate por criar uma união entre o tradicional e o contemporâneo. O vestido continua a influenciar a moda nupcial devido ao seu design elegante e atemporal -
2010: Sustentabilidade, inclusão e diversidade na Moda
A diversidade no mundo da moda tem sido destacada por movimentos sociais como o #MeToo e outros, que visam a inclusão e igualdade racial e de género. Nos últimos anos, a indústria tem tentado aumentar a representação de diferentes etnias, géneros e tipos de corpo, tanto nas passarelas como em campanhas publicitárias.
Iniciativas como "inclusion rider", monstram os esforços da indústria para garantir que a diversidade e a inclusão são consideradas nas fases de produção. -
2011: Ascensão da moda Second Hand
Após a Revolução Industrial e a popularização da moda nos anos 1980, o sistema da moda passou a seguir a lógica de criar, produzir, vender e descartar continuamente os produtos. Atualmente, com o crescimento do mercado de roupas usadas, o consumidor torna-se também um fornecedor. O mercado de vestuário de segunda mão é pequeno em comparação com o rápido aumento do descarte, contudo tem crescido rapidamente, o que é uma prova da mudança em direção a um ecossistema de moda mais circular. -
2012: Raf simons torna-se diretor criativo da dior
Raf Simons foi nomeado diretor criativo da Christian Dior em 2012, após a saída de John Galliano. Durante seu tempo na Dior (2012-2015), Simons modernizou a marca com uma estética minimalista e contemporânea, mantendo a herança de alta-costura. A sua primeira coleção foi em 2012, e destaca-se pela fusão de elegância e modernidade. -
2013: Moda ética e Moda sustentável
A obsessão por consumir bens é um dos grandes motivos do início da fast fashion, mas este ciclo contínuo de compra, uso e descarte de roupas tem consequências. A slow fashion afirma que tudo é ético, desde as preocupações ambientais aos direitos laborais. A ascensão de marcas ecológicas e da reciclagem de roupas, torna-se cada vez mais importante por causa da crescente consciência do impacto da moda no meio ambiente.
A procura por produtos éticos está a impulsionar este tipo de mercados. -
2014: Stella McCartney - Líder do movimento da Moda sustentável
Stella McCartney é conhecida como uma líder no movimento da moda sustentável, aliando a inovação tecnológica e a responsabilidade ambiental.
Na sua marca, nunca usa couro ou pele e as suas coleções utilizam tecidos orgânicos e corantes sempre que possível, assim como tecnologias voltadas à recuperação e reciclagem de tecidos.
Além de reduzir o impacto ambiental, aumenta a conscientização e a participação desses recursos na cadeia produtiva. -
2015: #MeToo e outros movimentos sociais
Na era digital, os movimentos sociais através das fronteiras nacionais e culturais estão a aumentar. Por exemplo, o #MeToo ainda é um fenómeno global sete anos depois de ter chegado à consciência pública. Aumentou a consciencialização sobre o crime e desafiou os papéis e estereótipos de género. Métodos de identificação, conhecido na indústria como "Shrink it and pink it", conta com sinais e símbolos tradicionais das mulheres. -
2018: Clare Waight keller torna-se a 1ª diretora artística feminina da givenchy
Clare Waight Keller foi nomeada a primeira diretora artística feminina da Givenchy em 2017, sucedendo Riccardo Tisci. A sua nomeação foi histórica, pois tornou-se a primeira mulher a ocupar o cargo na famosa casa francesa.
Durante o seu tempo na Givenchy, foi responsável por uma transformação na estética da marca, mantendo o legado de elegância e sofisticação, mas também modernizando e tornando as coleções mais acessíveis e frescas. -
2020: Moda Digital e o impacto das redes sociais
Em 2020, devido à pandemia de COVID-19, a indústria da moda passou por uma transformação significativa com a digitalização dos desfiles.
A tendência para desfiles de moda digitais foi acelerada pela necessidade de distanciamento social e restrições a eventos presenciais. Estes desfiles virtuais permitiram um maior acesso aos consumidores e aos meios de comunicação, criando uma nova dinâmica de comunicação onde o foco eram os processos criativos e a identidade da marca e não os modelos. -
2021: Moda pós-pandemia
A ascensão do loungewear e da moda confortável após a pandemia do COVID-19 foi alimentada pelo aumento do trabalho à distância e pela necessidade de roupas que combinam estilo e função.
Loungewear, antes reservado ao ambiente doméstico, tornou-se parte essencial do guarda-roupa do dia a dia e a tendência de valorizar o conforto continua presente mesmo após o fim das restrições. Refletindo uma mudança para um consumo mais consciente, ligado à sustentabilidade e à simplicidade.