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Desde o século XVIII, a rota dos tropeiros que partia do Rio Grande do Sul passava pela região de Rio Negro, a cerca de 50 km da futura cidade de Três Barras, para atingir a feira de Sorocaba, com o intuito de comercializar animais
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tropeiros começaram a se estabelecer a partir do início do século XIX, principalmente mais próximos a Rio Negro e nos campos de São João (atual Matos Costa), onde era mais propícia a criação de gado.
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Com a lei de terras de 1850, o antigo sistema colonial de concessão de sesmarias foi extinto e agora as terras deveriam ser compradas.
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O engenheiro João Teixeira Soares projetou o traçado da estrada de ferro com 1.403 km de extensão, entre Itararé (SP) e Santa Maria (RS), para ligar as províncias de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pelo interior,
possibilitando a ligação da então capital Federal (Rio de Janeiro) às regiões fronteiriças do Brasil com a Argentina e o Uruguai. -
Seis dias antes da Proclamação da República, o Imperador D. Pedro II fez a concessão desta estrada de ferro a Teixeira Soares,
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A concessão foi ratificada pelo Marechal Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo Provisório da República.
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Criação da Compagnie Chemins de Fer Sud Ouest
Brésiliens para levantar o capital necessário à construção, junto a investidores europeus -
A concessão do trecho Itararé-Rio Uruguai foi transferida para
a Companhia União Industrial dos Estados do Brazil. -
A concessão da estrada de ferro passou para a Companhia Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande.
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Foram aprovados os estudos definitivos e completos da
ferrovia entregue à Cia. São Paulo -Rio Grande (EFSPRG), num total de 941,88 km. de extensão, entre Itararé (SP) e o Rio Uruguai. -
Começa a construção da ferrovia no sentido norte-sul.
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Tem início a construção dos primeiros 50 km do trecho no
Território Contestado, de Porto União em direção ao Sul. -
O empreendedor norte-americano Percival Farquhar assume a
concessão, integrando a Companhia Estrada de Ferro São Paulo -Rio Grande à holding Brazil Railway Company.
A empresa contratou o engenheiro Achilles Stenghel para a ousada empreitada, e este chamou mais 4.000 homens, assim tendo sido recrutado um total de 8.000 trabalhadores em todo o País e, inclusive, no exterior, que foram distribuídos ao longo dos 372 quilômetros do traçado. -
suspensão da construção da ferrovia. A Cia. São Paulo-Rio Grande recebeu ultimato do governo federal para concluir toda a extensão até o Rio Uruguai, em dois anos, sob pena de perda da concessão.
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O primeiro trecho, com 103 km entre Porto União e Taquaral Liso, passando pelas estações de São João (Matos Costa) e de São Roque (Calmon), foi inaugurado em 3 de abril de 1909 pelo Presidente da República, Affonso Augusto Moreira Penna, no local onde foi construída a Estação Presidente Penna (existente até hoje).
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Inauguração da estações de Rio Caçador (Caçador), de Rio das Antas, de Rio das Pedras (Videira) e de Pinheiro Preto.
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Escrituração de glebas de terras devolutas do Contestado para a EFSPRG
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Início das atividades da "Southern Brazil Lumber and Colonization Company". A serraria principal ficava na cidade de Três Barras, no planalto Paranaense
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José Maria de Santo Agostinho, que ficou conhecido como o "Santo Monge" José Maria, se instala na localidade de Taquaruçu, hoje pertencente ao município de Fraiburgo.
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Antevendo o que estava por vir, José Maria parte imediatamente para a localidade de Irani com todo o seu séquito.
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Em 22 de outubro de 1912, a polícia do Paraná deu início a um ataque que resultou na batalha do Irani, em um lugar chamado "Banhado Grande", na qual morreram 11 sertanejos, entre eles o monge José Maria, e 10 soldados, inclusive o coronel João Gualberto Gomes de Sá Filho, comandante das tropas do exército Paranaense.
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Eusébio Ferreira dos Santos funda o Arraial de Taquaruçu, importante núcleo de caboclos rebeldes.
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Mais de 300 caboclos já se encontram no arraial de Taquaruçu
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Em 8 de fevereiro de 1914, numa ação conjunta de Santa Catarina, Paraná e governo federal, foi enviado a Taquaruçu um efetivo de 700 soldados, apoiados por peças de artilharia e metralhadoras. Estes logram êxito na empreitada, incendeiam completamente o acampamento dos jagunços, mas sem muitas perdas humanas, já que os caboclos e fiéis da causa do Contestado se refugiaram em Caraguatá, local de difícil acesso e onde já viviam cerca de 20.000 pessoas
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Depois do combate de Taquaruçu, ocorre a formação de Caraguatá, chefiados por Elias de Moraes.
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Embaladas pela vitória de Taquaruçu, que tinham destruído completamente, as tropas republicanas cercam e atacam Caraguatá, mas aí o desastre é total. Fogem em pânico perseguidos pelos revoltosos
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O General Carlos Mesquita ataca e arrasa o reduto de Santo Antônio à frente de 1700 homens
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Demissão em massa de trabalhadores da Brazil Railway
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Ataque rebelde à sede da "Lumber Corporation" por 63 homens liderados por Chico Alonso, ex-tropeiro
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Cerco ao reduto rebelde de Santa Maria
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O último dos redutos dos revoltosos foi devastado pelas tropas republicanas
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Assinatura do Acordo de Limites Paraná-Santa Catarina, no Rio de Janeiro
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Manifestações nos municípios do Contestado Paranaense contra o acordo
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De maio a agosto de 1917: Sublevação popular no Contestado-Paranaense, pró Estado das Missões
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Homologação final do Acordo de Limites
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Instalação dos municípios de Mafra, Joaçaba (então Cruzeiro), Chapecó e de Porto União
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Reinício da colonização no Centro-Oeste Catarinense, por empresas particulares