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Nasce no R. de Janeiro, no bairro de Cascadura, Sebastião de Oliveira, filho de Onofre José de Oliveira e Jesuína Fonseca Oliveira e neto de Francisco Pinto da Fonseca Teles, o Barão de Taquara.
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Trabalha na coleção de dípteros, sob orientação de Hugo de Souza Lopes, dedicando-se, inicialmente, ao estudo das moscas da familia Clusiidae (Acaliptrata) e Anthonyidae.
Publica seu 1º artigo científico sobre esse tema: "Sobre Ophyna aenescens (Widermann, 1830) (Diptera, Anthomyidae) -
Ingressa no Instituto Oswaldo Cruz como estagiário sem remuneração na Seção de Helmintologia - chefiada por Lauro Travassos, em 1939, só contratado como pesquisador especializado em 1950.
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Obtém vaga de entomologista no Serviço de Malária da Baixada Fluminense, sob indicação de Arthur Neiva, Lauro Travassos e Hugo de Souza Lopes.
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Diploma-se, aos 23 anos, em medicina veterinária pela Escola Nacional de Veterinária, atual Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
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Integra o Serviço de Doenças Parasitárias do Departamento Nacional de Estradas e Rodagem, sob convite de César Pinto, como entomologista
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Desenvolveu experiências com DDT na Companhia de Anilinas e Produtos Químicos Geigy do Brasil Sociedade Anônima.
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A partir de 1944 começam os trabalhos sobre a família Chironomidae e que persistiram até sua morte, contabilizando setenta e quatro artigos.
Na foto, inseto, descoberto por dr. Fabio de Oliveira Roque e dra. Susana Trivinho-Strixino, nomeado Guassutanypus oliveirai, em sua homenagem. -
Contratado em 1950 como pesquisador especializado, e efetivado como biologista por meio de concurso realizado pelo Departamento Administrativo do Serviço Público.
Foi o primeiro cientista negro do Instituto Oswaldo Cruz. -
Assistente voluntário da cadeira de zoologia médica e parasitologia da Escola Nacional de Veterinária
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Assistente do Curso de Parasitologia, Bacteriologia e Imunologia do IOC
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Professor da cadeira de doenças parasitárias do Curso de Aperfeiçoamento, Especialização e Extensão do Ministério da Agricultura
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Sebastião tornou-se pioneiro no Brasil no estudo da ordem Strepsiptera pois em colaboração com Marcos Kogan publicaram seis artigos de 1959 até 1966.
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Assume como professor do Curso de Entomologia do Instituto Oswaldo Cruz.
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Em 1970, com outros nove pesquisadores da instituição, teve seus direitos políticos suspensos e foi aposentado compulsoriamente pelos Atos Institucionais 5 e 10, episódio denominado de "Massacre de Manguinhos". Como ficou proibido de trabalhar em qualquer instituição pública, passou a prestar serviços à iniciativa privada.
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Agraciado pelo Governo do Estado, em 1985, com o Prêmio Estácio de Sá (Ciência).
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Comemoração do retorno dos cassados de Manguinhos. Foram reintegrados outros oito cientistas cassados, pois um deles, Herman Lent, não aceitou voltar, e preferiu ficar lecionando na Universidade Santa Úrsula, como preito de gratidão por ter sido a única Instituição a aceita-lo como professor na época da ditadura.
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reintegrado à Fundação Oswaldo Cruz em 1986 como curador da Coleção Entomológica do IOC, cargo que ocupou até a sua morte, e como professor de entomologia médica no Curso de Biologia Parasitária da unidade.
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Ganha o Prêmio Zumbi, pela Associação Nacional de Defesa dos Direitos do Negro, em 1988.
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Assume como subsecretário adjunto de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia do estado do Rio de Janeiro, durante o governo de Leonel Brizola (1991-1994)
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Foi eleito, em 1993, para Academia Brasileira de Medicina Veterinária, para a cadeira que tem como Patrono o Prof. Hugo de Souza Lopes.
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Em 1995 recebeu a Medalha Tiradentes da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
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Em 1998, aos 80 anos de idade Sebastião defende sua tese de Doutorado intitulada "Contribuição ao conhecimento dos Chironomidae marinhos (Insecta, Diptera) do litoral brasileiro" com o qual obteve grau de Doutor em Ciências (Entomologia) no Curso de Pós-Graduação em Biologia Parasitária do Instituto Oswaldo Cruz, tendo como orientador Herman Lent.
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Falece na cidade do Rio de Janeiro no dia 16 de abril de 2005, Sebastião José de Oliveira, curador da Coleção Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz, aos 87 anos incompletos, de infecção pulmonar após uma cirurgia cardíaca.