História da Música do período Colonial até a primeira metade do século XX
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1549
Chegada dos padres da Companhia de Jesus
Os primeiros registros de atividade musical coincidem com a chegada dos padres da Companhia de Jesus. Na segunda metade do século XVI eles já haviam fundado alguns aldeamentos para índios chamados Reduções ou Missões, onde veio a ter algum tipo de educação musical. Era uma música voltada para a Catequese. -
Brasil Setecentista
O Brasil do século XVII produziu riquezas difíceis de serem mensuradas por falta de dados precisos. Nesse período ouvia-se música trazida de Portugal, na Sé de Olinda e nas capelas de Recife, perdeu-se quase toda a produção. Dentre as que se salvaram destaca-se o trabalho de Luís Álvares Pinto, compositor e mestre-de-capela, o primeiro grande nome do ensino de Música no Brasil. -
"A Escola do Canto de Órgão" (1759-1760)
Um nome importante que se destaca nesse período é do Pe. Caetano de Melo Jesus, que usa o solfejo Heptacordal na obra "A Escola do Canto de Órgão" (1759-1760). A importância de Pe. Caetano e de L. A. Pinto se deve ao fato de que ensinava-se música usando o Modelo Aretino de Solmização, elaborado por Guido Arezzo e que se baseava no Hexacorde. -
A Primeira Cantata
Nesse período destacava-se a beleza estética do Barroco. Tratando-se de uma arte do elevado, do sublime. Era profuso de informações em todos os aspectos, tanto no simbólico como no apelo coletivo pelo emocional, e também, na teatralidade. A 1ª Cantata foi produzida nesse período, chamada: "Herói, egrégio, douto, peregrino", obra anônima. A Bahia tornou-se o centro de estudos de produção de música sacra do Brasil. Observava-se a mudança no estilo, fica mais próxima do estilo operístico italiano. -
José Joaquim Emerico Lobo Mesquita
O mais expressivo representante da música colonial mineira. Mulato de origem humilde, do qual chegaram até os nossos dias apenas 90 composições de um total estimado de mais de 500 obras. Ele além de de compositor e mestre-de-capela foi também professor. -
A irmandade de Santa Cecília
Em 1784, foi fundada a Irmandade de Santa Cecília. Não era apenas um grupo de amantes da música, era uma confraria de professores de música. Ela está registrada no Arquivo Nacional com data de 08 de outubro de 1787. -
José Maurício Nunes Garcia
Nasceu nos últimos anos do Séc. XVIII. Se tornaria um dos nomes mais significativos d música brasileira de todos os tempos e foi, com certeza, o maior compositor do século XIX. -
Chegada da Família Real ao Brasil
Em 1808, com a chegada da Família Real o Brasil, houve mudanças nos parâmetros estéticos brasileiros e transformação radical na vida musical. Além, do Pe. José Maurício, a música contou com a Presença de Marcos Portugal, compositor de corte e mestre de Música dos infante, e com Sigismund von Neukomm, compositor austríaco radicado no Brasil. -
Imperial Conservatório de Música
O fato mais expressivo ocorrido no século XIX foi a criação em 1841 do Imperial Conservatório de Música por decreto imperial, mas as aulas só começaram em 1848. Foi pedido de Francisco Manual da Silva ao Imperador Dom Pedro I. Outras instituições de ensino musical criadas no Séc. XIX foram: Conservatório Carlos Gomes, em Belém, funado em 1895 e Instituto de Música da Bahia, fundado em 1897. -
A Música do Século XX
Nos primeiros anos do século desponta no cenário musical brasileiro a figura de Heitor Villa-Lobos, artista do movimento modernista brasileiro, um vanguardista em todos os aspectos. Traz em suas obras traços dos estilos europeus que logo ele irá repudiar. Transitou por vários estilos e gêneros, além e participar de propostas de um ensino de música de qualidade. Foi casado com Lucília Guimarães, interprete e precursora do ensino de música e canto em escolas públicas do Brasil. -
Villa-Lobos: Diretor do Ensino Artístico
A convite do Educador Anísio Teixiera, que era Superintendente do Ensino Público do Distrito Federal, Villa-Lobos assume o cago de Diretor do Ensino Artístico da Prefeitura do Distrito Federal. -
SEMA - Superintendência de Educação Musical e Artística
No início de 1932, Villa-Lobos recebeu a incumbência de criar e dirigir a SEMA - Superintendência de Educação Musical e Artística, que tinha como missão institucional realizar orientação, o planejamento e o desenvolvimento do estudo da música nas escolas em todos os níveis, conjugando disciplina, civismo e educação artística. -
Escola Nacional de Música
Após a Proclamação da República, o Imperial Conservatório de Música deu lugar aio Instituto Nacional de Música (1890). Já na década de 30 do século XX, o Instituto muda de nome mais uma vez passando a chamar-se Escola Nacional de Música. -
Conservatório Nacional de Canto Orfeônico
O Plano Geral de Orientação da SEM era especialmente voltado para formação de professores com os cursos de: Declaração rítmica e califonia, Preparação ao ensino de canto orfeônico, música e canto orfeônico e Prática do canto orfeônico. Ele se tornou obrigatório em todo país, por isso, em 1942 foi criado o Conservatório Nacional de Canto Orfeônico (CNCO) que tinha a missão de formar professores de todo país para ministrar a disciplina. -
Sistema de Educação Musical de Villa-Lobos
O Sistema de Educação Musical de Villa-Lobos através do Canto Orfeônico foi o mais amplo programa de pedagogia musical já realizado no Brasil. Acima de tudo, uma proposta que visava permitir o acesso da população em geral à música e sua fruição. Podemos situar esse sistema no mesmo nível do que estava sendo realizado na Hungria por Zoltán Kodály (1882-1967) e Béla Bartok (1881-1945) que ainda hoje constitui base do ensino de música naquele país e em outros do Leste Europeu. -
O Canto Orfeônico
Villa-Lobos concedeu a ideia prática do canto orfeônico como principal ferramenta para a musicalização. Para ele, a música para se tornar acessível à mentalidade infantil deveria interessá-la pelo ritmo e pela simplicidade. Em 1961, o canto orfeônico foi substituído na grade curricular da Educação Básica, mas ainda se via evidência do trabalho de Villa-Lobos, pois os professores ainda ministravam as aulas trabalhando como o canto orfeônico. -
Filme "A Missão"
O Filme "A Missão", um drama histórico real que é possível ver esse fascínio na cena em que o Pe. Gabriel (Jeremy Irons) toca oboé em um rio e tem seu primeiro contato com os Guaranis.