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A Segunda Guerra Mundial termina na Europa.
O continente encontra-se devastado.
Milhões de pessoas morreram, ficaram feridas ou estão deslocadas. Seis milhões de judeus foram assassinados no Holocausto. -
É criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), uma aliança intergovernamental de segurança entre os Estados Unidos, o Canadá e 10 países da Europa Ocidental.
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10 países da Europa Ocidental criam o Conselho da Europa para promover a democracia e proteger os direitos humanos e o Estado de direito.
A Convenção Europeia dos Direitos do Homem entra em vigor em 3 de setembro de 1953. -
Robert Schuman, ministro francês dos Negócios Estrangeiros, apresenta um plano para uma cooperação mais estreita, que propõe a integração das indústrias do carvão e do aço da Europa Ocidental. O dia 9 de maio é celebrado pela União Europeia como o «Dia da Europa».
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Com base no plano Schuman, seis países assinam um tratado para colocarem as suas indústrias pesadas – carvão e aço - sob um sistema de gestão comum.
Desta forma, ao contrário do que aconteceu no passado, nenhum destes países pode, por si só, fabricar armas de guerra para atacar os outros.
Estes seis países são a Alemanha, a França, a Itália, os Países Baixos, a Bélgica e o Luxemburgo.
A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço entra em funções em 1952. -
Encorajados pelo êxito do Tratado que institui a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, os seis países fundadores alargam a sua cooperação a outros setores económicos.
Formalizam-no através da assinatura de dois tratados, que instituem a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica (Euratom).
Estes organismos entraram em funções em 1 de janeiro de 1958. -
A primeira reunião da Assembleia Parlamentar Europeia, antecessora do Parlamento Europeu de hoje, realiza-se em Estrasburgo, França, com o Presidente eleito Robert Schuman. Substitui a Assembleia Comum da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e altera o seu nome para Parlamento Europeu em 30 de março de 1962.
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A década de sessenta é um bom período para a economia, favorecida pelo facto de os países da CEE terem deixado de cobrar direitos aduaneiros sobre as trocas comerciais realizadas entre si. Acordam igualmente no controlo conjunto da produção alimentar, para que todos tenham agora o suficiente para comer. Em maio de 1968, os tumultos estudantis em Paris e muitas mudanças na sociedade e no comportamento estão associados à «geração de 68».
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A Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA) é criada para promover o comércio livre e a integração económica entre certos países não pertencentes à CEE: Áustria, Dinamarca, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça e Reino Unido.
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O governo comunista da Alemanha Oriental constrói um muro em Berlim.
O muro torna-se um símbolo da separação da Europa Oriental e Ocidental durante a Guerra Fria. -
A primeira política agrícola comum dá aos países da CEE o controlo conjunto da produção alimentar. Há alimentos suficientes para todos e os agricultores ganham bem a vida. Mas a PAC tem um efeito negativo - a sobreprodução, que gera montanhas de excedentes. Desde a década de 1990, as prioridades têm sido a redução dos excedentes, o aumento da qualidade dos alimentos e a promoção da sustentabilidade.
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Os seis países membros assinam a Convenção de Yaoundé para promover a cooperação e o comércio com 18 antigas colónias em África.
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O Tratado que funde os executivos das três Comunidades (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, Comunidade Económica Europeia e Euratom) é assinado em Bruxelas e entra em vigor em 1 de julho de 1967.
A partir de agora, as Comunidades Europeias terão um único órgão administrativo (a Comissão) e um executivo único (o Conselho). -
Os seis países membros da CEE suprimem os direitos aduaneiros aplicáveis aos bens que importam entre si, criando, pela primeira vez, condições para o comércio livre transfronteiras, e passam a aplicar os mesmos direitos aduaneiros aos produtos importados dos outros países.
O comércio entre estes seis países e com o resto do mundo cresce rapidamente. -
Os seis membros passam a ser nove quando a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido aderem formalmente às Comunidades Europeias.
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Para demonstrar a sua solidariedade, os líderes da CEE acordam em criar um novo fundo importante no âmbito da política regional europeia.
O seu objetivo é transferir fundos das regiões mais ricas para as mais pobres, a fim de melhorar as infraestruturas, atrair investimento e criar emprego. -
Os cidadãos europeus elegem diretamente os deputados ao Parlamento Europeu pela primeira vez.
Anteriormente, os deputados eram delegados pelos parlamentos nacionais.
Os deputados têm assento em grupos políticos pan-europeus e não em delegações nacionais. -
A Grécia adere às Comunidades Europeias.
Era elegível para tal, uma vez que o regime militar tinha sido derrubado e a democracia restabelecida em 1974. -
A Espanha e Portugal aderem às Comunidades Europeias, que passam a contar 12 Estados-Membros.
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O Ato Único Europeu lança um vasto programa de seis anos para os resolver e, por conseguinte, criar um mercado único.
O ato, que entra em vigor em 1 de julho de 1987, também confere ao Parlamento Europeu mais voz e reforça os poderes das Comunidades Europeias em matéria de proteção do ambiente. -
O programa Erasmus é lançado para financiar estudantes universitários que desejem estudar noutro país europeu.
Desde então, o programa deu a mais de 10 milhões de pessoas a oportunidade de estudar, receber formação, fazer voluntariado ou adquirir experiência profissional no estrangeiro. -
Cai o Muro de Berlim e a fronteira entre o Oriente e o Ocidente é aberta pela primeira vez em 28 anos.
Após mais de 40 anos de separação, a Alemanha é reunificada e a parte oriental do país passa a fazer parte da Comunidade Europeia em outubro de 1990 -
O Tratado da União Europeia é assinado em Maastricht, nos Países Baixos.
Trata-se de um momento histórico, já que o tratado estabelece regras claras para a futura moeda única, bem como para a política externa e de segurança e o reforço da cooperação em matéria de justiça e assuntos internos.
A «União Europeia» é oficialmente criada pelo Tratado, que entra em vigor em 1 de novembro de 1993. -
O mercado único e as suas quatro liberdades estão estabelecidos — a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais.
Desde 1986 foram adotados centenas de atos legislativos em domínios como a fiscalidade, a atividade empresarial e as qualificações profissionais e outros que constituíam barreiras à abertura das fronteiras. Contudo, a livre circulação de certos serviços é adiada. -
O Acordo que estabelece o Espaço Económico Europeu (EEE) entra em vigor, alargando o mercado único aos países da EFTA.
Hoje em dia, as pessoas, os bens, os serviços e os capitais podem circular países do EEE (UE-27 mais Islândia, Listenstaine e Noruega).
A Suíça não participa no EEE, mas tem acesso ao mercado único. -
A Áustria, a Finlândia e a Suécia aderem à UE.
O território dos 15 Estados-Membros cobre agora a quase totalidade da Europa Ocidental. -
O acordo de Schengen entra em vigor em sete países: Bélgica, França, Alemanha, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal e Espanha. Os viajantes podem deslocar-se entre estes países sem controlo de passaportes nas fronteiras. Em 2021, 26 países fazem parte do espaço Schengen sem passaporte, incluindo a Islândia, o Listenstaine, a Noruega e a Suíça.
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Com base no Tratado de Maastricht, estabelece planos para reformar as instituições europeias, dar à Europa uma voz mais forte no mundo e consagrar mais recursos ao emprego e aos direitos dos cidadãos.
Entra em vigor em 1 de maio de 1999. -
O euro é introduzido em 11 países unicamente para as transações comerciais e financeiras.
As moedas e as notas serão introduzidas mais tarde.
Os primeiros países da zona euro são a Alemanha, a Áustria, a Bélgica, Espanha, a Finlândia, a França, a Irlanda, a Itália, o Luxemburgo, os Países Baixos e Portugal.
Nessa altura, a Dinamarca, o Reino Unido e a Suécia decidem ficar de fora. -
Os dirigentes da UE assinam o Tratado de Nice
O seu objetivo é reformar as instituições para que a UE possa funcionar de forma eficiente com 25 países membros e preparar a adesão do próximo grande grupo de novos membros.
Este tratado entrou em vigor em 1 de fevereiro de 2003. -
As notas e moedas de euro passam a ser a moeda legal em 12 países da UE (a Grécia aderiu à zona euro em 2001 e seguem-se outros países depois de 2002).
A sua impressão, cunhagem e difusão constituem uma operação logística de grande envergadura.
As notas são as mesmas em todos os países.
As moedas têm uma face normalizada, enquanto a outra ostenta um emblema nacional. -
Chipre e Malta aderem à UE juntamente com oito países da Europa Central e Oriental — Chéquia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Eslováquia e Eslovénia — acabando finalmente com a divisão da Europa pós-Segunda Guerra Mundial.
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Mais dois países da Europa oriental, a Bulgária e a Roménia, aderem à UE, elevando o número de Estados-Membros para 27.
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Os 27 países da UE assinam o Tratado de Lisboa, que altera os tratados anteriores.
O objetivo é tornar a UE mais democrática, eficiente e transparente, e, assim, garantir as condições para que possa dar resposta a desafios mundiais como as alterações climáticas, a segurança e o desenvolvimento sustentável.
Todos os países da UE ratificaram o Tratado antes da sua entrada em vigor, em 1 de dezembro de 2009. -
Uma grave crise financeira abala a economia mundial.
Os problemas começam com empréstimos hipotecários nos Estados Unidos.
Vários bancos europeus também registam dificuldades.
A crise leva os países da UE a estreitarem a sua cooperação económica. -
Na sequência da crise económica, que teve início em 2008, vários países são confrontados com problemas nas suas finanças públicas. Os 16 países da UE que usam o euro apoiam um plano para os ajudar a lidar com os seus défices.
A UE ajuda a vários países de enfrentar as suas dificuldades e cria a «União Bancária» para garantir bancos mais seguros e mais fiáveis. -
A União Europeia recebe, em Oslo, o Prémio Nobel da Paz. O prémio reconhece o contributo da UE durante seis décadas para a promoção da paz e da reconciliação, da democracia e dos direitos humanos.
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A Croácia adere à UE, tornando-se o 28.º Estado-Membro.
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Na conferência da ONU que decorreu em Paris e onde a UE desempenhou um papel fundamental, 195 países celebram um novo acordo para fazer face às alterações climáticas. O acordo inclui um plano de ação para manter o aquecimento global muito abaixo dos 2°C em relação aos níveis pré-industriais.
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A pandemia desencadeia uma grande emergência de saúde pública e um abrandamento económico sem precedentes.
A UE e os seus países membros trabalham em conjunto para apoiar os sistemas de saúde, conter a propagação do vírus e garantir vacinas para as pessoas dentro e fora da UE.
Para ajudar a apoiar a recuperação, os líderes políticos aprovam o maior pacote de estímulo alguma vez financiado pelo orçamento da UE: a tónica é colocada numa recuperação ecológica e digital. -
Num referendo realizado em junho de 2016, 52 % dos eleitores no Reino Unido votam a favor da saída do Reino Unido da União Europeia após mais de 40 anos como membro. O Reino Unido sai em 31 de janeiro de 2020.