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O juiz local, José Maria de Almeida Teixeira de Queiroz, ligado a processos como o de Camilo Castelo Branco, envolve-se com Carolina de Eça, uma jovem de 19 anos, com a qual tem um filho não desejado que nasce clandestinamente. Não se casam e o filho é batizado sem a presença dos pais.
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Com apenas 4 anos de idade, morre o seu avô materno. Agora os seus pais já tinham a oportunidade de casar, uma vez que os seus avós não aprovavam o matrimónio dos pais de Eça e agora como nenhum permanecia vivo o casal já se podia casar oficialmente.
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Após o seu nascimento e de ter estado desde então aos cuidados de uma ama-de-leite, Ana Joaquina Leal de Barros, que era também a sua madrinha de baptismo, em Vila do Conde, mais tarde vai viver para Verdemilho, com os seus avós paternos.
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Até aos 10 anos de idade, Eça vivera com os avós no seu solar e posteriormente vai para o Porto viver e frequenta o Colégio da Lapa. Durante os seus anos nesse colégio, Eça desenvolve uma próxima amizade com Ramalho Ortigão, o filho do diretor, bem como conhece os que viriam a ser seus futuros cunhados, Luís e Manuel Resende.
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Entra na Faculdade de Direito de Coimbra, local onde conheceu Teófilo Braga e Antero de Quental, bem como outras personalidades intelectuais que viriam a constituir a célebre geração de 70.
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Eça chegava a Lisboa com 21 anos de idade após ter concluído a sua formação em Coimbra. Foi viver com os pais no 4º andar do nº 26 do Rossio. Inscreve-se no Supremo Tribunal de Justiça como advogado. Eça também se torna sócio do grémio literário, fundado por Almeida Garret.
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No final do ano de 1866, Eça parte para Évora onde fundou e dirigiu o jornal da oposição "Districto de Évora".
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Para além disso, em julho abandona Évora e o jornal que lá dirigia. Regressa a colaborar na "Gazeta de Portugal" desde Outubro a Dezembro.
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Forma-se o "Cenáculo", onde Eça foi um dos primeiros membros. Antero de Quental, Salomão Saragga, Jaime Batalha Reis, Augusto Fuschini, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, José Fontana, entre outros, também fizeram parte.
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Esta obra foi elaborada por Eça juntamente com Antero de Quental e Batalha Reis. Neste mesmo ano, Eça foi com com o seu companheiro de viagens, Luís Resende, de viagem pela Palestina, Síria e Egito, tendo a oportunidade de ter assistido à inauguração do Canal de Suez.
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Eça presta provas para cônsul de 1ª classe no Ministério dos Negócios Estrangeiros, conseguindo alcançar a primeira classificação.
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Têm seguimento as Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, mas devido a proibições governamentais, não foi possível cumprir com todo o programa que estava previsto. Contudo, Eça teve a oportunidade de dar a quarta conferência sobre "A Nova Literatura ou O Realismo como Expressão de Arte". Eça e Ramalho Ortigão publicam o primeiro número d'As Farpas.
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Eça parte para Leiria nomeado administrador do concelho já no ano anterior. Este viria a ser o local no qual se inspirou para a sua obra "O Crime do Padre Amaro".
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Eça é destacado para Havana, Cuba, onde exerce o seu primeiro cargo consular. No entanto, antes de ter partido para Cuba é nomeado cônsul de 1ª classe nas Antilhas espanholas.
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Eça viaja pelo Canadá, Estados Unidos e América Central.
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Eça regressa a Lisboa e parte para New Castle. Estes foram os anos de maior produtividade literária de Eça de Queirós.
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Um movimento académico, centrado em Coimbra que figurou durante o século XIX e que veio revolucionar várias dimensões da cultura, política e literatura portuguesa. Este movimento foi marcado pelo surgimento do realismo, defendido pelos seus membros. Eça era um deles.
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Nesta revista dirigida por Antero de Quental e Jaime Batalha Reis, é publicada a primeira versão da obra "O Crime do Padre Amaro". Neste mesmo ano também concluí a escrita de «O Primo Basílio», em Newcastle.
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É publicado «O Primo Basílio», numa edição de 3.000 exemplares que esgota rapidamente, e ainda no mesmo ano lançou-se uma segunda edição desta obra.
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É publicada a sua obra "O Mandarim" e há rumores de que Eça de Queirós terá começado a escrever a sua obra mais rebuscada "Os Maias".
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Os aristocratas, os condes de Rezende, passam férias no seu solar de campo perto da praia da Granja, em Canelas. Eça frequenta a casa a convite do seu amigo Luís Rezende. Eça de Queirós começa a despertar interesse pela jovem Emília de Castro, irmã de Luís e filha dos condes.
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Visita a Costa Nova na companhia da condessa de Resende e das suas filhas Emília e Benedita.
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Casa-se com 40 anos de idade e devido aos papéis do casamento, agora sim já é reconhecido como filho de seus pais. Antes do casamento, durante os seus preparativos, Eça instala-se no Porto, no Hotel de Paris e fica com menos tempo para trabalhar o que o deixava particularmente irritado. Diz-se que no meio de toda a papelada do casamento, figuravam provas do que viriam a ser "Os Maias".
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Eça e a mulher partem de lua de mel pela Europa. Posteriormente, regressam a Bristol, mas mudam-se para Londres a pedido de Emília, onde terá concluído a escrita da sua obra "Os Maias".
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Eça de Queirós lança o seu livro ao público e esta obra ainda demora tempo a ser incorporada pelos leitores, não tendo um reconhecimento imediato.
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Eça escreveu ao seu amigo Oliveira Martins a perguntar se a sua obra "Os Maias" teriam sido um fracasso.
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Neste ano também houve uma polémica com Pinheiro Chagas devido à atribuição do Prémio D. Luís. Publicação de "Os Maias", com uma tiragem de 5000 exemplares.
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Eça vai a Santa Cruz do Douro visitar umas propriedades que a mulher iria herdar. Apaixona-se pela quinta de Tormes. Pela primeira vez, Eça de Queirós iria ter uma casa sua, apesar de continuar a viver em Paris. Ali encontrou inspiração para um novo romance - "A Cidade e as Serras". Passava as manhãs a escrever e as tardes no consulado. Depois regressava para receber os amigos à noite.
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José Maria, em Junho, adoece gravemente com "coreia". Emília vai para Fontainebleau e Eça fica em Paris com os outros filhos, que são atacados pela escarlatina. Vai para a Suíça com a sua saúde agravada, a 28 de Julho, com Ramalho Ortigão. A 11 de Agosto chega a Paris. Morre em Paris, sendo o corpo posteriormente translado pra Portugal.
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Já Eça estava morto quando foi publicada a segunda edição da sua grandiosa obra, pelo que o autor na verdade não viveu para ver o tremendo sucesso do seu livro.
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Publicação de uma compilação dos folhetins que Eça teria escrito em Lisboa no jornal "Gazeta de Portugal". São no total 10 artigos. Foi neste jornal que Eça tivera conhecido Jaime Batalha Reis.