-
Nascida em Lisboa a 20 de Junho de 1921, em Benfica, na quinta dos seus avós, fez os estudos básicos e secundários em casa, com professores particulares.
-
Ainda estudante estreou-se em 1943, na escrita literária, com a novela «A Garrana», narrativa que saiu vencedora de um concurso organizado pelo Rádio Clube Português e pelo jornal O Século.
-
Licenciou-se em 1945, em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. À época, a sua tese – «A Reportagem como género: génese do jornalismo através do constante histórico-literário», 1946 – foi um trabalho precursor, por haver feito do jornalismo objecto de análise académica, o que pela primeira vez acontecia em Portugal.
-
Docente, durante mais de quarenta anos, do ensino secundário técnico-profissional (do Barreiro a Portalegre e do Porto a Elvas), leccionou também a cadeira de «literatura infantil», na Escola do Magistério Primário, de Lisboa. Aqui com uma das suas primeiras turmas...
-
Em 1947 lança um livro de contos :"Estrada sem nome (Pequenas histórias)". Desenho da Capa de António Sampaio.
-
Publicou, em 1950, o seu terceiro livro «A Escola do Rio Verde »
-
O Livro da Tila revela o universo de uma infância, em parte eufórico, feito de pequenos deslumbramentos perante o mundo e a natureza, expresso ora por um sujeito da enunciação infantil/juvenil, ora por uma voz adulta que observa o real e as relações que a criança com ele estabelece. De uma sensibilidade apurada e minimal, exaltando a comunhão com a natureza, com os seres e a divindade, franciscana por excelência, a poesia de Matilde leva-nos a redescobrir o prazer de existir e de ler...
-
Era uma vez um Palhaço com um nariz muito grande e uns olhos que brilhavam como estrelas e quando ria parecia uma tecla musical: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó!
O clássico de Matilde Rosa Araújo, complementado com as sensíveis ilustrações de Maria Keil. Este livro foi considerado como o melhor livro estrangeiro, pela associação Paulista de Críticos de Arte de São Paulo, em 1991. -
O livro de contos Praia Nova (Editora Lux, 1962) “mostra uma capacidade única de penetrar no íntimo das personagens”. Não é possível falar desta escritora sem falar também de Maria Keil, a ilustradora dos seus livros...
-
Mais um livro de literatura infanto-juvenil... O rapaz em que Matilde se inspirou existiu mesmo, diz Fátima de Medeiros, que desenvolve pesquisa sobre esta escritora, alguma de grande profundidade: “Era um rapaz pobre que vendia moinhos de papel na praia.”
-
Livro de poemas para a juventude, com ilustrações, mais uma vez, de Maria Keil. Um olhar dorido sobre os socialmente desafortunados...
-
Havia uma casa muito grande. Com um tecto altíssimo, nem sempre azul, na casa enorme habitava uma grande família: uma família tão grande que, por vezes, não julgavam os seus membros que se conheciam, e se deviam amar. Houve um menino que entrou nesta casa estava ela toda branca...
-
Mais um livro de histórias infantis, onde se inclui, “Para a Sonhalândia” que nos conta a história de dois meninos que decidem fazer uma viagem para o reino da Sonholândia, dizem aos vizinhos que vão apanhar um avião supersónico mas acabam por se sentar a descansar num banco de jardim, fecham os olhos e de repente já estão na Sonholândia...
-
Livro recomendado para o 3º ano de escolaridade destinado a leitura autónoma e/ou leitura com apoio do professor ou dos pais. Uma história para crianças, que também é um valioso auxiliar para pais e educadores.
-
Uma deliciosa historinha em verso de Matilde Rosa Araújo, fala-nos de voláteis criaturas que vêm e vão ao sabor das estações, sem nunca mencionar o seu verdadeiro nome.
-
Uma história para crianças, que também é um valioso auxiliar para pais e educadores.
-
Um livro dirigido aos mais novos, baseado na vida e obra do grande poeta...
-
Em 1980, recebeu o Grande Prémio de Literatura para Crianças, da Fundação Calouste Gulbenkian, e o prémio para o melhor livro infantil, pela mesma fundação, em 1996, pelo seu trabalho Fadas Verdes (livro de poesias de 1994).
-
Poesia: «Eu continuo a escrever com tinta vermelha encarnada na minha alegria que por ti foi dada. E ficaste aqui para sempre a escrever a ternura do recado. Ficaste mesmo porque as crianças não sabem partir»
-
Literatura infantil: Era uma mulher, uma pobre mulher que ia à lenha. Ia à lenha, todos os dias, ia pelo bosque com um grande saco, arrastando-o pelo chão. No bosque cantam pássaros e o vento canta nas árvores abanando-lhes as folhas. E o sol, de quando em quando, faz uma clareira pelo chão por onde a pobre mulher vai passando.
-
Livro recomendado para o 3º ano de escolaridade destinado a leitura autónoma e/ou a leitura com apoio do professor ou dos pais.
-
O silêncio das florestas verdejantes esconde seres de muitas cores, formas e feitios, que nascem da terra e se alimentam de sol e água: são as fadas verdes. Não é difícil vê-las e também tu conheces com certeza muitos desses seres especiais – tangerinas, jacarandás, árvores, borboletas, garças e muitos outros – que todos os dias nos oferecem a sua beleza (alguns até tratam do ar que respiramos) e não pedem nada em troca.
-
Sensibilizar a criança na defesa do património natural não é obra meramente pedagógica. Organismos internacionais dedicados à preservação e defesa do ambiente apelam aos que mais fundo sabem falar à alma das crianças - os escritores -, no sentido de as despertar para a última decisiva obra do nosso século: salvar a Natureza. Todas estas histórias de ficção de autores portugueses visam contribuir, de forma divertida e descontarída, para esse fim.
-
O Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) foi atribuído, por unanimidade da direcção do organismo, a Matilde Rosa Araújo, na altura com 82 anos, pela sua "obra de particular relevância no domínio da literatura infanto-juvenil".
-
Recebe das mão do presidente Jorge Sampaio o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
-
Há quem diga que os personagens dos contos infantis nunca envelhecem. Mas será isso verdade? Será que, ao contrário do que acontece connosco, o tempo não as transforma? Matilde Rosa Araújo entrou de novo no mundo do faz de conta da sua meninice e reencontrou uma das personagens mais conhecidas e amadas desse imaginário - o Capuchinho Vermelho. E, juntamente com o ilustrador André Letria, ela conta-nos aquilo que viu e ouviu. Um livro sobre a amizade cheio de sabedoria!
-
O livro conta a "história de amizade, grande ternura e fantasia entre Lucilina, 'que tinha cabelos verdes das folhas de lúcia-lima' e Antenor, 'estranha figura que a olhava com um olhar cheio de ternura branca'"
-
A escritora Matilde Rosa Araújo morreu, de madrugada, na sua casa, em Lisboa, aos 89 anos.