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O fim da Segunda Guerra Mundial traz um "baby boom", uma explosão económica e o surgimento de uma poderosa cultura de massas nos EUA e no Reino Unido. A televisão, a publicidade agressiva e os produtos consumeristas tornam-se omnipresentes, criando o caldo de cultura para o Pop Art.
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Um grupo de artistas, críticos e arquitetos radicados em Londres (Richard Hamilton, Eduardo Paolozzi, Alison e Peter Smithson) começou a reunir-se no Institute of Contemporary Arts (ICA). Partilhavam um interesse pela cultura popular norte-americana, pela ciência e pela tecnologia. Este grupo é considerado o berço intelectual da Pop Art britânica. -
As "Combines" de Rauschenberg e as bandeiras de Johns desafiaram as fronteiras entre pintura, escultura e objeto do quotidiano, servindo de ponte para a Pop Art.
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Exposição histórica com a colagem de Richard Hamilton “Just what is it that makes today's homes so different, so appealing?” — considerada a primeira obra da Pop Art britânica. -
Um dos expoentes da Pop Art britânica, autor de On the Balcony e da icónica capa do álbum dos Beatles “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” (1967). Mistura cultura popular e arte erudita.
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Embora a colagem de Hamilton seja mais famosa, Paolozzi já apresentava palestras com imagens de cultura popular, como a sua série Bunk! (1952). As suas obras criavam colagens a partir de revistas, máquinas e banda desenhada, introduzindo a apropriação e a montagem como forma de crítica à cultura de consumo.
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Inicia a sua fase pop, inspirando-se diretamente em bandas desenhadas e publicidade. Desenvolve um estilo inconfundível, com contornos negros grossos, cores primárias vibrantes e a utilização de pontos Ben-Day, uma técnica de impressão usada para simular diferentes tonalidades, tornando-se uma marca distintiva do Pop Art americano.
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O estúdio de Warhol, em Nova Iorque, torna-se um centro cultural alternativo, reunindo artistas, músicos (The Velvet Underground) e cineastas. Produz filmes, serigrafias e performances multimédia.
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Warhol, um bem-sucedido ilustrador comercial, transita para as belas-artes. A sua grande ruptura é a pintura de latas de sopa Campbell, anúncios de Coca-Cola e rostos de celebridades como Marilyn Monroe, questionando a noção de originalidade e a aura da obra de arte.
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Após a morte da atriz, Warhol cria uma série de retratos que a transformam num ícone impessoal. Esta obra específica coloca o rosto estampado de Monroe, baseado numa foto pública, sobre um fundo dourado, equiparando-a a um ícone religioso numa sociedade secular.
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A sua experiência como pintor de cartazes publicitários reflete-se nas obras de grande escala. F-111 é um painel monumental de 26 metros que envolve o espectador, combinando imagens de um caça-bombardeiro, um pneu de borracha, uma rapariga sob um secador de cabelo e espaguete com molho. A obra comenta de forma crítica o complexo militar-industrial e o consumismo, denunciando a ligação entre o militarismo e o capitalismo americano.
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Baseado numa história em quadrinhos da DC Comics, este díptico é um exemplo máximo do estilo de Lichtenstein. Captura um momento de ação violenta de forma fria e mecânica, com onomatopeias estilizadas, criticando e celebrando ao mesmo tempo a estética dos mass media.
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Revoluciona a escultura ao criar réplicas macias e gigantes de objetos quotidianos. Obras como Geladeira Ghost (1963) e Guitarra Mole (1963) transformam o banal em algo absurdo e poético, questionando o valor, a escala e a dureza tradicional da escultura.
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Warhol cria Thirteen Most Wanted Men, um mural gigante com 13 retratos dos criminosos mais procurados do FBI para o pavilhão do estado de Nova Iorque. A obra é considerada controversa e acabou por ser coberta com tinta prateada antes da inauguração, revelando o choque entre a arte pop e o poder institucional.
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Warhol expande a Pop Art à música e ao espetáculo multimédia, tornando-se manager e produtor da banda The Velvet Underground. Cria os espetáculos multimédia Exploding Plastic Inevitable, que combinavam rock, cinema experimental e luzes estroboscópicas, transformando a arte pop numa experiência sensorial total.
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Embora associado à Pop Art, o trabalho de David Hockney é mais narrativo e pessoal. Ficou famoso pelas suas pinturas de piscinas vibrantes e cenas domésticas californianas, como A Bigger Splash (1967), que representam o estilo de vida californiano e a luz artificial das piscinas, combinando naturalismo com uma simplicidade gráfica característica do Pop Art.