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   Acredita se que a Núbia e o que viria a ser o Egito, teriam sido palco de uma cultura material comum, mas que irão delimitar as suas diferenças ao longo do desenvolvimento dessas regiões. Na primeira dinastia, por volta de -3200, os egípcios já haviam enviado tropas até o início da Segunda Catarata na busca por matérias-primas que estavam escassas no Egito, principalmente a madeira devido a ocupação e sistema de irrigação do baixo Nilo que fez desaparecer aos poucos a floresta-galeria. Acredita se que a Núbia e o que viria a ser o Egito, teriam sido palco de uma cultura material comum, mas que irão delimitar as suas diferenças ao longo do desenvolvimento dessas regiões. Na primeira dinastia, por volta de -3200, os egípcios já haviam enviado tropas até o início da Segunda Catarata na busca por matérias-primas que estavam escassas no Egito, principalmente a madeira devido a ocupação e sistema de irrigação do baixo Nilo que fez desaparecer aos poucos a floresta-galeria.
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  Muito do que se sabe sobre a relação da Núbia com o resto do continente é fruto principalmente dos antigos textos faraônicos, gregos e latinos, levando-se em conta a falta de investigações arqueológicas. O autor da fonte utilizada pontua que, a Núbia era uma espécie de elo entre a África central e o mundo mediterrâneo, um contato entre as duas civilizações. Nesse sentido, a questão da localização geográfica, junto da busca por matéria-prima, foi o que motivou o contato do Egito com a região.
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   O início das relações com o Sudão se dá com o final da V Dinastia, marcada também pela criação de um novo cargo político e econômico, o governador do sul. Este cargo era responsável pela defesa da entrada meridional do Egito, pela organização dos intercâmbios comerciais e pelo favorecimento da circulação de expedições mercantis, e exigia qualificações como o conhecimento do comércio e das línguas faladas pelos habitantes da região. O início das relações com o Sudão se dá com o final da V Dinastia, marcada também pela criação de um novo cargo político e econômico, o governador do sul. Este cargo era responsável pela defesa da entrada meridional do Egito, pela organização dos intercâmbios comerciais e pelo favorecimento da circulação de expedições mercantis, e exigia qualificações como o conhecimento do comércio e das línguas faladas pelos habitantes da região.
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  O autor utiliza o termo moderno “Sudão”, em seu capítulo, como a marca do início das relações administrativas e comerciais formalizadas com o território. Embora o território do Sudão moderno contenha a maior parte da antiga Núbia, a confusão nas datas, surge da maneira como os autores modernos utilizam as terminologias. Nesse sentido, Núbia é o nome da antiga civilização/região e Sudão é o nome da nação moderna que ocupa grande parte desse antigo território.
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   Ao final da VI Dinastia, sob o reinado de Pépi II, as relações entre Egito e Núbia tornaram-se não pacíficas. Os textos indicam conflitos entre as expedições egípcias e os núbios, impulsionados pelo crescente interesse do faraó nas riquezas africanas. Essa tensão foi, muito provavelmente, agravada pelas mudanças climáticas (cerca de -2400), que causaram o progressivo dessecamento das regiões populosas, que teve como consequência um movimento migratório. Ao final da VI Dinastia, sob o reinado de Pépi II, as relações entre Egito e Núbia tornaram-se não pacíficas. Os textos indicam conflitos entre as expedições egípcias e os núbios, impulsionados pelo crescente interesse do faraó nas riquezas africanas. Essa tensão foi, muito provavelmente, agravada pelas mudanças climáticas (cerca de -2400), que causaram o progressivo dessecamento das regiões populosas, que teve como consequência um movimento migratório.
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   Com o final do Antigo Império, as relações comerciais entre Egito e Núbia são interrompidas, no Primeiro Período Intermediário, após o colapso da VI Dinastia e a desorganização política no Egito. Mesmo tendo trabalho no exército egípcio neste período, as relações com os núbios entram em declínio com o desenvolvimento do Grupo C na Baixa Núbia, estes que são sucessores do Grupo A e possuem relações difíceis com os egípcios. Com o final do Antigo Império, as relações comerciais entre Egito e Núbia são interrompidas, no Primeiro Período Intermediário, após o colapso da VI Dinastia e a desorganização política no Egito. Mesmo tendo trabalho no exército egípcio neste período, as relações com os núbios entram em declínio com o desenvolvimento do Grupo C na Baixa Núbia, estes que são sucessores do Grupo A e possuem relações difíceis com os egípcios.
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   Por volta de -2000, os núbios passaram a produzir objetos de cobre e ouro. Essa habilidade é atribuída à introdução das técnicas de fundição pelos egípcios no Alto Vale do Nilo. Descobertas arqueológicas de fornos de fundição de cobre (principalmente nas V e IV Dinastias) confirmam que os egípcios não só exploravam metais na Núbia, mas também introduziram as técnicas de produção, permitindo que a população Núbia adquirisse conhecimentos rudimentares sobre metalurgia. Por volta de -2000, os núbios passaram a produzir objetos de cobre e ouro. Essa habilidade é atribuída à introdução das técnicas de fundição pelos egípcios no Alto Vale do Nilo. Descobertas arqueológicas de fornos de fundição de cobre (principalmente nas V e IV Dinastias) confirmam que os egípcios não só exploravam metais na Núbia, mas também introduziram as técnicas de produção, permitindo que a população Núbia adquirisse conhecimentos rudimentares sobre metalurgia.
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   Com a reorganização e centralização do poder novamente, a XII dinastia, iniciada por Amenemés I, foi fundado um posto comercial fortificado de Kerma, junto de uma nova capital e o costume de colocar o seu filho ao lado do trono. Sinalizando a determinação egípcia em reatar e proteger o corredor núbio. Isso pois, o Egito considerava este essencial para o comércio e pelas rotas que conduziam para o interior do continente africano, chegando a investir em infraestrutura para mantê-lo funcional. Com a reorganização e centralização do poder novamente, a XII dinastia, iniciada por Amenemés I, foi fundado um posto comercial fortificado de Kerma, junto de uma nova capital e o costume de colocar o seu filho ao lado do trono. Sinalizando a determinação egípcia em reatar e proteger o corredor núbio. Isso pois, o Egito considerava este essencial para o comércio e pelas rotas que conduziam para o interior do continente africano, chegando a investir em infraestrutura para mantê-lo funcional.
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   O rei Sesóstris III é lembrado pela reconquista e sujeição da Baixa Núbia, que aparentemente havia conseguido uma independência. Isso fez parte da expansão egípcia e reforçou o controle da região. Os melhores introduzidos pelos egípcios, entre -2000 e -1780 (faraós da XII Dinastia), indicam que o Corredor Núbio continuou a ser o principal elo entre a África, o baixo vale do Nilo e o mediterrâneo. O rei Sesóstris III é lembrado pela reconquista e sujeição da Baixa Núbia, que aparentemente havia conseguido uma independência. Isso fez parte da expansão egípcia e reforçou o controle da região. Os melhores introduzidos pelos egípcios, entre -2000 e -1780 (faraós da XII Dinastia), indicam que o Corredor Núbio continuou a ser o principal elo entre a África, o baixo vale do Nilo e o mediterrâneo.
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   Durante o Segundo Período Intermediário do Egito, o Reino de Kush (com capital em Kerma) alcançou sua "idade de ouro". Aproveitando o enfraquecimento da realeza egípcia, Kerma intensificou um comércio lucrativo ao longo do Vale do Nilo. O comércio contínuo e intenso, evidenciado por selos (terra sigilar) encontrados tanto em Kerma quanto nas fortalezas egípcias, foi facilitado pela presença e interação de núbios no Egito e de egípcios na Núbia. Durante o Segundo Período Intermediário do Egito, o Reino de Kush (com capital em Kerma) alcançou sua "idade de ouro". Aproveitando o enfraquecimento da realeza egípcia, Kerma intensificou um comércio lucrativo ao longo do Vale do Nilo. O comércio contínuo e intenso, evidenciado por selos (terra sigilar) encontrados tanto em Kerma quanto nas fortalezas egípcias, foi facilitado pela presença e interação de núbios no Egito e de egípcios na Núbia.
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   Com a ascensão da XVIII Dinastia, após a expulsão dos Hicsos, o Egito iniciou uma fase de conquista e avanço na Núbia. Essa dominação resultou em uma "egipcianização" e massiva assimilação cultural entre a Segunda e Quarta Catarata, com o Egito impondo seus modelos. No entanto, apesar do controle político-militar, a cultura núbia persistiu através do sincretismo cultural, em vez de ser completamente apagada. Com a ascensão da XVIII Dinastia, após a expulsão dos Hicsos, o Egito iniciou uma fase de conquista e avanço na Núbia. Essa dominação resultou em uma "egipcianização" e massiva assimilação cultural entre a Segunda e Quarta Catarata, com o Egito impondo seus modelos. No entanto, apesar do controle político-militar, a cultura núbia persistiu através do sincretismo cultural, em vez de ser completamente apagada.
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   O Reino de Kush consegue sua independência após o período de apogeu do Novo Império, onde o país (Egito) começa a se dividir e fragmentar o poder político. E além disso, este Reino não somente consegue sua independência como também, um de seus reis invadem o território e impõem uma nova dinastia sudanesa. Foi Piankhy, o rei sudanês, que, por meio de uma invasão, que desafiou o trono dos faraós. A dinastia durou sessenta anos até que os assírios, conseguem vencê-los. O Reino de Kush consegue sua independência após o período de apogeu do Novo Império, onde o país (Egito) começa a se dividir e fragmentar o poder político. E além disso, este Reino não somente consegue sua independência como também, um de seus reis invadem o território e impõem uma nova dinastia sudanesa. Foi Piankhy, o rei sudanês, que, por meio de uma invasão, que desafiou o trono dos faraós. A dinastia durou sessenta anos até que os assírios, conseguem vencê-los.
