Sociologia da educação capa

Sociologia da Educação- Ione Ribeiro Valle. 2014

  • Period: to

    Fenomenologia- filosofia de Kant

    Utilizado inicialmente por Kant (1924-1804), a fenomenologia ganha plenitude em Hegel (1770-1831), Husserl (1859-1938) e Merleau-Ponty (1908-1961). Trata-se de descrever, de explicar, de voltar ao mundo anterior à consciência, pois toda determinação científica é vista como  abstrata e uma forma de idealismo transcendental.
  • Period: to

    Positivismo

    August Comte- final do século XIX
  • Ordem e progresso- estudos de Comte

  • Period: to

    Durkheim- função social- maquinaria social

    Durkheim considera a escola como a principal instituição socializadora, cuja função social de homogeneização e de diferenciação visa promover dois processos distintos, mas complementares: a integração e a regulação social. link text
  • Period: to

    Piaget

    O desenvolvimento mental da criança é construção contínua não linear. A socialização deve promover quatro transformações, que vão do respeito absoluto (devido aos pais) ao respeito mútuo (criança/adulto, crianças entre si); obediência personalizada ao sentimento da regra; da heteronomia total à autonomia recíproca (que requer a fixação de novos sentimentos); da energia à  vontade (o que supõe estabelecer uma hierarquia entre dever e prazer)
  • Period: to

    Fenomenologia Social

    Alfred Shütz
  • Fenomenologia- estudos de Weber

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    Estuda ações sociais: Weber. / Husserl.
  • Currículo Formal

    A questão do currículo formal foi desenvolvida principalmente no bojo das análises sobre a gênese das reformas e os trabalhos sobre a seleção dos saberes julgados dignos de serem ensinados (ROPÉ, 2000).
  • Paulo Freire

    Paulo Reglus Neves Freire foi um educador, pedagogo e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. É também o Patrono da Educação Brasileira.
  • Interacionismo simbólico- Escola de Chicago

    A ação de cada ator vai depender portanto do sentido que ele atribui à ação dos outros (CABIN, 2000b).
  • Durkheim- Pai da sociologia da educação

    Ainda que o termo currículo não tenha sido empregado por Durkheim, é atribuído o pioneirismo no estudo dos saberes escolares.
    Evolução pedagógica-França (1938): Analisa as condições de surgimento das formas de conhecimento, ligadas aos conteúdos curriculares. Afirma que os ideais pedagógicos da época constituem fatos sociais, referenciados aos valores dominantes e conflitos entre grupos. (DURU-BELLAT; ISAMBERT-JAMATI, 1990; ROPÉ, 2000, 2001; VAN ZANTEN, 1992).
  • Articulação entre política e educação na grã-bretanha

    É importante lembrar que na Grã-Bretanha a articulação entre política educacional e pesquisa começou cedo, no pós-guerra, e foi intensa, tendo sido amplamente financiada pelo Estado para  instruir formas de tratamento das desigualdades escolares. A chamada “aritmética política” predominou como sistemática de análise
  • Teorias tradicionais do currículo

    Teorias Tradicionais , que privilegiam o ensino, a aprendizagem, a avaliação, a metodologia, a didática, a organização, o planejamento, a eficiência e os objetivos.
  • Interacionismo

    Howard Becker (1928-) e Anselm Strauss (1916-1996) Contra o funcionalismo, os interacionistas postulam que o fato social não está dado a priori , mas constitui-se num processo construído no quadro de situações concretas.
  • Teorias críticas do currículo

    Teorias Críticas , que colocam no centro das reflexões a ideologia, a  reprodução cultural e social, o poder, a classe social, o capitalismo, as relações sociais de produção, a conscientização, a emancipação e libertação, o currículo oculto e a resistência. O norte-americano Michael Apple (1942-), um dos líderes da teoria crítica da educação. O norte-americano,Henry Giroux (1943-) é um dos teóricos da pedagogia crítica nos Estados Unidos.
  • Meritocracia- Grã Bretanha

    Michael Young, The rise of meritocracy
  • Funcionalismo- PARSONS & MALINOWSKI

    Malinowski: A importância sobre comportamento social e relações sociais em seu contexto cultural concreto. Substituía o método histórico especulativo pela etnografia.
    Refutou: evolucionismo e difusionismo. Da antropologia americana e britânica.
    Parsons: adaptação da personalidade individual ao sistema social, segundo o funcionamento de suas estruturas mais profundas. Conformação dos indivíduos às normas dos que têm legitimidade para desenvolver ações de socialização
  • RUPTURAS EPISTEMOLÓGICAS

  • Sociologia do currículo- Grã Bretanha

    É no contexto dos anos 60 do século XX, marcado por grandes inovações pedagógicas, que surge na Inglaterra a sociologia do currículo, também concebida “como uma Sociologia do Conhecimento Escolar” (MOREIRA; SILVA, 2002, p. 17)
  • Teoria da correspondência- EUA

    Uma análise crítica inspirada sobretudo nos trabalhos de Samuel Bowles e Herbert Gintis.18 Para esses economistas/sociólogos, a adaptação funcional da escola às “necessidades” do capitalismo exige adequá-la às estruturas e aos procedimentos desse modelo
  • Explosão escolar na França

    Caracterizou-se por um movimento de massificação do ensino secundário, sem fortes impactos sobre os conteúdos de ensino, os métodos e programas de estudos (LANGOUËT, 1994).
  • Teoria do capital humano

    Foi desenvolvido pela primeira vez em 1961 pelo economista americano Theodore William Schultz (19021998), mas outros economistas (de Adam Smith a Alfred Marshall e Irving Fisher) já haviam se interessado pelo tema. Ele considerava que embora pareça evidente que os indivíduos adquirem o saber-fazer e os saberes úteis, não parece evidente que esses aprendizados se constituam numa forma de capital, e que esse capital seja produto de um investimento deliberado
  • Os Herdeiros- Bourdieu & Passeron

    Bourdieu aposta numa “pedagogia racional universal, que, partindo do zero e não considerando como dado o que apenas alguns herdaram, se obrigaria a tudo em favor de todos e se organizaria metodicamente em referência ao fim explícito de dar a todos os meios de adquirir aquilo que não é dado, sob a aparência do dom  natural, senão às crianças das classes privilegiadas” (BOURDIEU; PASSERON, 1964, p. 53)
  • Gary Stanley Becker (1930-), economista americano lança : a theoretical and empirical analysis

    O capital humano é indissociável de seu detentor, o que supõe um investimento contínuo por parte do indivíduo a fim de  adquirir novos saberes e novas experiências. Além disso, o capital humano,  diferentemente  do  capital  financeiro,  não  pode  se  tornar  propriedade de um terceiro, estando limitado ao indivíduo que o incorpora
  • Sociabilização escolar- Bourdieu

    socializar é promover uma incorporação durável (habitus) das maneiras de sentir, pensar, julgar e agir do grupo de origem. A essa regulação de base, Bourdieu chama de “processo puramente social e quase mágico de socialização
  • RUPTURAS EPISTEMOLÓGICAS NO BRASIL

  • Currículo Oculto

    Philip Jackson.
    Designa certas características da vida escolar suscetíveis de marcar, em profundidade, a personalidade do aluno.
  • Fenomenologia - sociologia

    Na perspectiva sociológica, refere-se à importância da vida cotidiana, tal como ela se apresenta, em toda sua efervescência. Segundo Schütz (1899-1959), filósofo e sociólogo célebre pela elaboração do chamado  idealismo transcendental , a fenomenologia dedica-se ao estudo do modo como as pessoas vivenciam o cotidiano e atribuem significado às  suas ações
  • Currículo- Bernstein

    Bernstein (1997a, p. 159) define curriculum (que no sentido estrito utilizado em língua inglesa corresponde aos programas ou planos de estudo) como “os princípios que regem a seleção das matérias escolares e as relações entre elas”. Para ele, o programa de ensino ou a maneira de selecionar, classificar, transmitir e avaliar os saberes escolares reflete a distribuição do poder numa sociedade, que procura assegurar o controle social e determinar o comportamento dos indivíduos.
  • Teoria crítica do currículo no Brasil

  • Teoria pós crítica do currículo

    Terias Pós-Críticas , interessadas sobretudo nas questões da identidade, da alteridade, da diferença, da subjetividade, da  significação  e  do  discurso,  do  saber-poder,  da  representação,  da cultura, do gênero, da raça, da etnia, da sexualidade e do multiculturalismo.
  • Currículo- Reprodutivistas franceses

    Christian Baudelot (1938-) e Roger Establet (1938-). Procuram demonstrar o caráter capitalista da escola francesa, pois estabelece uma relação efetiva entre o diploma e as diversas dimensões do emprego. Limitavam a “oposição entre trabalho manual e trabalho intelectual àquela que confronta proletariado e burguesia”.
    Polarizam o sistema de ensino, remetendo ao antagonismo entre profissões intelectuais e manuais.(PETITAT, 1994)
  • A reprodução- Bourdieu e Passeron

    Para exercer a função de legitimação delegada pelo grupo dominante, à escola é atribuído um “poder de imposição”, que consiste na transmissão de conteúdos selecionados segundo os seus interesses; conteúdos inscritos numa verdadeira “tradição seletiva” (APPLE, 2002a)
  • Period: to

    Currículo- Resprodutivistas EUA

    economistas/sociólogos Samuel Bowles (1939-) e Herbert Gintis (1940-) Schooling in Capitalist America , publicada em 1976.
  • Nova sociologia da Educação- Currículo- Young

    Segundo Young (1973), o termo curriculum (no plural curricula ) designa o que deve ser ensinado e o que deve ser aprendido (seguindo uma determinada ordem de progressão) no quadro de um ciclo de estudos escolares.
  • O Fracasso escolar- Christian Baudelot e Roger Establet

    A partir da análise do conteúdo dos manuais escolares do ensino primário, comprovam a função ideológica da escola.
  • Cultura escolar- Chervel

    A noção de “cultura escolar” apareceu primeiramente num estudo de história das disciplinas realizado por Chervel, para caracterizar o processo de seleção dos conteúdos efetuados no âmbito da própria escola em função das finalidades que ela se atribui.
  • SABERES ESCOLARES: ALVOS DA SOCIOLOGIA, DO CURRÍCULO E DA DIDÁTICA

    Estudo e pesquisa do currículo
  • Institucionalização da didática

    Como disciplina obrigatória sobretudo nos cursos de formação de professores. Mas, apesar disso, ela não adquiriu autonomia, nem conquistou sua legitimidade enquanto disciplina científica. Evitando submeter-se à perspectiva “aplicacionista” visada pela administração educacional
  • Segregação escolar

    Isambert-Jamati (1990) observa que a democratização quantitativa foi acompanhada de um aumento importante da segregação interna: as desigualdades de acesso aos diferentes níveis de ensino vão ser progressivamente substituídas pelas desigualdades de percursos.
    Para Bourdieu e Passeron (1970), os estabelecimentos de ensino exercem seleção e classificação, relacionando a origem social. Os alunos não conseguem assimilar em ritmos idênticos os saberes e o saber-fazer em razão do seu capital cultural
  • Sociologia da cultura escolar- Forquin

    Transmissão de saberes e da cultura (não no sentido de Bourdieu: “a cultura dos cultos”, mas em termos de valores, normas de comportamento, práticas, competências) às novas gerações como a principal função da escola. Forquin (1993, p. 167), “o conjunto dos conteúdos cognitivos e simbólicos que, selecionados, organizados, ‘normalizados’, ‘rotinizados’, sob o efeito dos imperativos da didatização, constituem habitualmente o objeto de uma transmissão deliberada no contexto das escolas”
  • Currículo Real

    Currículo real(conjunto de atividades efetuadas pelos alunos fora do controle dos adultos.
    É no contexto da sala de aula que o currículo real é colocado em prática, o que implica um número considerável de exigências: o professor deve conceber as atividades que lhe permitirão manter certa ordem na classe e controlar o trabalho de cada aluno.
  • A escola primária no cotidiano- Régine Sirota

    “surgem no campo da sociologia da educação de língua francesa tentativas de análise e de teorização das práticas pedagógicas ou, em outras palavras, das maneiras de dar aula” (SIROTA, 1994, p. 35, grifo nosso), o que leva os autores a se interessarem pela “opacidade da caixa preta” que é a sala de aula.
  • Competência curricular

    performance e de eficiência dos sistemas educacionais e das esferas de qualificação profissional. Para Ropé (2000), o sucesso da noção de competência está ligado à necessidade preponderante de racionalização, que tem sido reivindicada pelos diferentes protagonistas da mudança (social, econômica, política, educacional). Percebe-se claramente, segundo ele, que há uma tendência em justapor – ou substituir – os saberes e conhecimentos pela competência.
  • Sociologia da experiência escolar- François Dubet e Danilo Martuccelli

    procura caracterizar a heterogeneidade das experiências construídas pelos alunos em relação com a atividade escolar, tendo como referência um estudo sóciohistórico minucioso do sistema educacional francês (abrangendo desde a escola elementar até o liceu)
  • Currículo- Goodson

    Para Goodson (1999, p. 21), “o currículo escrito nos proporciona um testemunho, uma fonte documental, um mapa do terreno sujeito a modificações;  constitui  também  um  dos  melhores  roteiros  oficiais  para a estrutura institucionalizada da escolarização”.
  • Currículo no Brasil- multiculturalidade

    A pesquisa educacional no Brasil é marcada pela diversificação, pelo ecletismo, pela complexidade e interdisciplinaridade
    Da restrita visão de currículo como lista de disciplinas e conteúdos, passa-se a uma visão de currículo que abrange praticamente todo e qualquer fenômeno educacional” (MOREIRA, 2000, p. 74).
  • Tendências educacionais brasileiras

    1. Pós-estruturalista, fundamentada nas reflexões de Foucault e nas teorias pós-modernas/ pós-estruturalistas. 2. Currículo e no conhecimento em rede, motivada pelas discussões sobre o cotidiano e a formação de professores, e visa superar o enfoque disciplinar no espaço escolar. 3.História do currículo e à constituição do conhecimento escolar, abrangendo o estudo do pensamento curricular brasileiro.